Paola Carosella fala sobre a crise dos restaurantes

Quando começou a primeira coisa que eu fiz foi entrar no restaurante, e vi que era uma guerra muito grande, atenção soldados quem pode estar aqui agora são os homens, jovens, solteiros que não tem ninguém na família, que não são do grupo de risco e que possam dirigir, que tem carro, não precisa de transporte público, 70% das pessoas ficaram em casa e eu mandei uma equipe pequena e a gente fechou o restaurante pra começar um delivery. Aí isso aqui é uma guerra. Então as pessoas não tem dinheiro. Então vamos criar apenas dois pratos um de R$ 28 e um outro um pouco mais barato e que não era nem comparado com preços do atrito na época, e vamos fazer apenas esses dois pratos por dia, a outra premissa foi quem são os fornecedores que a gente tem mais vulneráveis, quem são os pequenos né, não vou me preocupar com as grandes marcas de bebidas não vou me preocupar com os grandes, com aquelas que vão suportar a crise. Quem são os fornecedores mais oneráveis então são agricultores da periferia de São Paulo, Ok?! então vamos criar um prato que só tenha os ingredientes que eles vendem, então assim nasceu o braço de agricultor que era um prato vegetariano só com os itens que eles vendem, isso é uma coisa que me causa muito orgulho. Foi muito massa porque em 2019 a gente comprou todo ano, a gente comprou R$ 36000, no ano da crise em 2020 compramos uns R$ 140000 e isso me orgulha muito.



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